quarta-feira, 14 de maio de 2008

PAZ!

José Emiliano da Cunha.

IBEL – Patrocínio – MG.

2º lugar/Junho/1981.

Paz!

Você existe? Você é real?

Ouço falar tanto em você...

Se ao menos eu pudesse te ver, sentir seu efeito...

Paz.

Eu te busquei.

Te busquei desesperadamente em uma dose de bebida.

Te procurei em uma tragada de cigarros,

Em maços, em pacotes.

Paz.

Te procurei com afinco até mesmo em uma drágea

Num alucinógeno, num fungo ou mato.

Paz.

Houve momentos de terror e desespero,

Momentos que desejei a morte...

Foi num desses momentos de tédio e amargura

Que ouvi tua voz meiga, porém forte:

Há um caminho, há uma esperança.

Nesse instante me senti mesquinho, como criança.

E deitei-me em teus braços como um bebê pequenino

No regaço de sua mãe.

Paz.

Eu te sou grato pelo que fizeste.

É impossível retribuir-te a graça que me deste.

Paz.

Te encontrei no lugar que menos cria,

Te achei numa cruz vazia, como num raio de luz.

Paz.

Hoje te tenho, pois tenho Jesus.

Um comentário:

Emilianu's disse...

Esta poesia marcou e abriu minha alma para a reflexão de um poeta amador. Não me apego as estruturas, mas deixo minha alma voar livre pelos ares das palavras, numa preocupação única de não trair o Evangelho.

Emiliano