quarta-feira, 14 de maio de 2008

PAZ!

José Emiliano da Cunha.

IBEL – Patrocínio – MG.

2º lugar/Junho/1981.

Paz!

Você existe? Você é real?

Ouço falar tanto em você...

Se ao menos eu pudesse te ver, sentir seu efeito...

Paz.

Eu te busquei.

Te busquei desesperadamente em uma dose de bebida.

Te procurei em uma tragada de cigarros,

Em maços, em pacotes.

Paz.

Te procurei com afinco até mesmo em uma drágea

Num alucinógeno, num fungo ou mato.

Paz.

Houve momentos de terror e desespero,

Momentos que desejei a morte...

Foi num desses momentos de tédio e amargura

Que ouvi tua voz meiga, porém forte:

Há um caminho, há uma esperança.

Nesse instante me senti mesquinho, como criança.

E deitei-me em teus braços como um bebê pequenino

No regaço de sua mãe.

Paz.

Eu te sou grato pelo que fizeste.

É impossível retribuir-te a graça que me deste.

Paz.

Te encontrei no lugar que menos cria,

Te achei numa cruz vazia, como num raio de luz.

Paz.

Hoje te tenho, pois tenho Jesus.

CRISTO NO MUNDO.

Rev. Emiliano

Mundo velho. Mundo atual.

Sempre igual. Sempre mal.

Irracional. Animal.

Mundo velho.

O ódio, a guerra, a dor.

Sempre presente. Sempre real.

Natural.

Mundo velho. Mundo atual.

O ódio, a guerra, a dor.

Presente, real, natural.

Que fazer? Só sofrer?

Gemer? Apodrecer? Morrer?

Que fazer?

Não há solução?

Sim!! Há sim!

Cristo em mim!

Em ti!

No mundo!

Ele é a vida, a luz,

A ressurreição.

Pra mim!

Pra ti!

Pro mundo!

Haverá um mundo melhor.

Um mundo melhor?

Quando?

É boato.

Charada.

Piada.

Não. É fato.

Há um meio: Cristo.

Se o mundo conhecer,

Se nele crer,

Se o receber.

Haverá um mundo melhor:

Sem ódio, sem ódio, sem dor.

Só amor, só paz.

Felicidade, liberdade.

Com Cristo!

Na glória!

Hoje! Agora!

Vamos falar?

Levar, anunciar.

A Cristo pregar

Pra libertar,

Pra salvar

O mundo velho.

O mundo atual.

Pra um mundo melhor!

Pra glória do Pai!

Por Jesus!

Em mim.

Em ti.

No mundo.

CAMINHANDO RUMO À CRUZ!

José Emiliano da Cunha

29/11/1984.

Caminhando rumo à cruz, sempre em direção a Cristo Jesus.

Caminhando... caminhando, sempre em direção à luz.

Como é bela a estrada da cruz... sim, a estrada plena de luz.

Prados verdejantes, campinas convidativas, campos floridos...

Águas abundantes... sim... a água da vida em abundância!

Alimento constante e uma mesa sempre farta

Do amor e da plenitude do Pai.

Um constante jorrar do Espírito em nosso ser...

E a vida vai... sim... a vida vai.

Mas quando olhamos a via lateral da estrada...

Oh! Porque olhamos?

Ali há o pecado, a carne, e o mundo sem fim,

Como em erupções...

Erupções que, como dardos atingem

E se empenham por atingir os corações.

Aqueles... lavados, regenerados,

Feitos novas criaturas pelo sangue.

O mundo!

Sim, este mundo que você vê.

Sim, este mundo com e no qual você vive e habita.

Não simplesmente a matéria criada.

Não simplesmente o cosmo ou coisas variadas...

Mas o mundo.

Esse mundo!

Esse mundo que não é mundo.

Esse mundo que é caos.

Mundo mau. Mundo mau.

Sim. Mundo mau, cruel e delinqüente,

Mundo em derrocada e doente...

O mundo, os seus sistemas, seus valores...

Tudo movido e dirigido pelo pecado.

É esse mundo... São essas erupções...

Que querem destruir os corações...

Que querem...

Querem...

Querem destruir!

A carne!

Sim, esta carne que você vê.

Sim, esta carne com e na qual você vive e habita.

Não simplesmente a matéria criada.

Não simplesmente células ou partes variadas...

Mas a carne.

Essa carne.

Essa carne que não é carne.

Mas... essa carne que é carne.

Carne má.

Perversa e corrompida... destituída...

Sim, destituída do que pode levá-la à vida.

Carne com seus prazeres... desejos e concupiscências...

É essa carne imbuída em pecados e contaminações..

É essa carne... São essas erupções...

Que querem...

Que vivem...

Que lutam para destruir corações.

O pecado!

Sim, este pecado que você vê.

Pelo jornal, rádio, revista e TV.

O pecado com e no qual o mundo vive e habita.

O pecado...

Não meramente um abstrato...

Mas o pecado concreto... o pecado fato!

Aquele pecado do passado...

Da queda do homem, da posição da vida.

É esse pecado...

Esse que ao homem aterroriza pela funesta consequência...

Esse que ao homem escraviza em sua infeliz experiência...

É esse pecado...

Que destrói e corrói como vulcões, tufões e furacões...

É este pecado.

São essas erupções...

Mas...

A caminhada rumo à cruz, ao céu, a Jesus...

É fato consumado.

É Cristo encarnado vivendo...

Sim, vivendo no homem santificado.

O mundo...

A carne...

O pecado...

Tudo isso com seu preço pago, comprado!

Sim, um preço altíssimo, elevado.

O menino de Belém humilhado na manjedoura...

O jovem Mestre criticado e rejeitado...

O homem da cruz, morrendo exangue em humilhação que cura.

Cura corações que caminham na vida sem saber pra onde...

Desconhecendo a vereda da vida...

Que caminham...

(Agora, corações quebrantados pela cruz)

Rumo à luz, à cruz, ao céu, a Jesus.

Caminhando rumo à cruz...

Vivendo uma vida abundante:

De prados verdejantes,

De campinas floridas e

De campos que convidam,

Da água da vida que jorra e corre à flux!

Caminhando rumo à cruz...

Vivendo a vida abundante:

Do Pai, o Deus de amor!

Do Espírito, vivificador!

De Cristo, o Salvador!

Caminhando rumo a cruz...

Vivendo a vida abundante:

De,

Para,

Em, e

Por Jesus.

MEU FILHO, EU TE ACEITO.

José Emiliano da Cunha

10/09/1986 // 22horas.

Sabe, filho, quando te vejo tão preocupado

Em te desfazeres de laços e redís

Cogitando n’alma que por isto és rejeitado...

Eu fico pensando: ‘Será que em vão sofrí?’

Às vezes olho e te vejo

Sob um peso tão grande ao ponto

De te esmagares...

Ou numa pressão tão grande ao ponto

De te deformares...

E nesse peso... e nessa pressão...

Tu te esqueces de mim.

Esqueces de minhas restauradoras promessas:

‘Vós, cansados e oprimidos, vinde a mim.’

Filho meu, quantas vezes tu estás

Labutando para seres digno, cheio de comiseração;

Enquanto a promessa é: “Bem aventurados

Os humildes... sim, os paupérrimos, os miseráveis...”

É preciso te despires de toda a suficiência, filho,

E descobrir que os dignos de mim são os indignos

Do mundo, de tudo e de todos...

Mas, meu filho, eu te aceito...

Te aceito ‘apesar de’.

Te aceito a despeito de todos os teus esforços!

Te aceito mesmo com todos os teus embaraços!

Eu morri por ti... pra seres meu...

Venha após mim e eu te farei...

Te farei, meu filho, ver coisas

Grandes e ocultas, maravilhosas demais para ti.

Te farei, meu filho, ser aquele homem

Que jamais sonhaste...

Te farei experimentar coisas que são

Inacessíveis e inexplicáveis à mente e à razão.

Te farei ter aquela vida que é abundante,

Aquele fluir e fruir do Espírito no ser, não mera emoção...

Venha após mim e eu te farei...

Te farei andar nos caminhos jamais palmilhados...

Te farei armar projetos jamais engenhados...

Te farei saber os conceitos jamais explicados...

Venha... e eu te farei...

Meu filho, sei que é difícil, mas...

Fé...

É andar numa certeza inatingível, mas palpável...

É ver as dimensões do Eterno...

É escalar os píncaros dos montes de Deus...

Fé, meu filho, é confiar que tudo podes, nAquele...

Confia e venha...

E eu te farei...

Porque eu te aceito...!!!

VIDA REAL!

Emiliano e Zezinho Alves

Monte Carmelo – MG

02/01/1982.

Hoje os homens se acabam à procura

De uma vida de paz que dure!

Lançam para isso suas raízes

Num mundo falso, de ódio, de guerras e de dor.

Desconhecem que a semente da paz é o amor.

Amor...

Um amor provado com sofrimento e dor.

Dor suportada por alguém numa cruz.

Cruz que pecador reflete luz.

Luz cuja fonte é Jesus.

Jesus que já fez tudo.

Tudo o necessário para se ter vida.

Vida que seja eterna.

Vida que seja real.

Vida que a todos satisfaz só Jesus pode dar.

Porque Ele é a verdadeira paz.

UM MAIS NOBRE IDEAL.

Rev. Emiliano

O homem constrói castelos, forja sonhos e projetos, profissões e posições!

Tudo ele quer o mais alto, o mais nobre.

Para sua vida, seu lar; para neles se posicionar, realizar.

E luta e corre, e se desgasta e faz.

Não poucos nessa luta morrem...

Se acabam... Se atrofiam...

Consomem a vida e a vida os consome.

Não poucos chegam ao apogeu da glória.

Glória humana! Nula, vazia, ôca! Quanta desilusão!

Glória sem sentido, vida sem razão.

Quantos querem começar de novo pois chegaram a nada...

Começar e sempre começar...

Pra não ser inativo... inerte...

Pois o vazio cansa e enoja o ser,

A vida,

Embota o sentido.

E assim o homem vive num mero ativismo.

Mecanismo humano.

Máquinas. Robôs. Autômatos da morte.

Andando no vento, indo a nada.

Caminhando ao léu de sua triste sorte.

Ah! Que desventura... Quanta amargura...

Isto não é viver... É repetir vidas, dias e anos...

Ôco! Vão! Sem razão!

Há uma vida melhor!

Há um melhor ideal!

É preciso falar,

Levar,

Viver!

Há um mais nobre ideal!

O QUE ME FALTA.

No romper de um grande e novo dia

Dia em que surge a vida, em que nasce alegria

Onde e quando tudo volta a ter sentido

Onde a vida tem razão e colorido...

Nesse romper do dia...

Uma entrega é feita no altar

Uma vida é dedicada a labutar

Pra conseguir levar a salvação

A quantos morrem na desilusão

Do pecado, da miséria e da condenação.

Pra cultivar e levar alimento

A tantos que jazem famintos, carentes

Na senda de vidas ingentes.

Pra poder mostrar a luz

Do grande e onipotente Salvador Jesus

Que morreu para dar vida a flux.

Mas, no romper desse meu dia, dessa aurora

Onde me encontro nessa minha luta de agora

Olho para o alvo:

Vidas carentes de consolo

Vidas ausentes de amor

Distantes do perdão

Almas eternas agrilhoadas pelo pecado

Ovelhas sedentas por águas tranqüilas

Por pastos verdejantes, pelos verdadeiros prados.

“O que me falta?”

É a pergunta que me vem ao coração.

Um atalaia combalido?

Um ceifeiro falido?

“Lance-se à lida

Entregue-se com sua vida...

E verás a realidade de um Deus imenso

Uma vida abundante a jorrar

Uma paixão pelas almas a dominar

O ardor pela obra a lhe queimar”

É isso que me falta!!!?

UM SERVO AREPENDIDO SERVE?

José Emiliano da Cunha 08/09/88 - 09.30 h.

Esta reflexão se deu quando me preparava para ir ao seminário.

O Senhor o chamara a trabalhar em sua seara,

Onde o trigo está a embranquecer ante a berrante Necessidade: servos para colher o que se plantara.

Feixes de trigo caindo dos tenros talos, e

Se perdendo ao chão.

Celeiros abarrotados, precisando de arrumação.

O servo vai!

Inicia-se o processo de aprendizagem.

Aprender as técnicas e métodos

Para que a colheita se concretize.

Dias, meses e anos debaixo do sol.

Trigo ajuntado. Celeiros arrumados.

Mas... pouco se fez.

Pouco... ante a vastidão do campo e a urgência da colheita.

Alguns anos à frente, após tal convocação,

O servo sucumbe ao peso da tarefa

Acovardando-se ante o sacrifício, amor e resgate

Do seu Mestre, soerguendo-o da posição de escravo

À de filho amado.

Tristeza, inquietação e insatisfação dominam mente e coração daquele quem antes prontamente estivera à submissão.

Seu Senhor bondosa e meigamente sussurra em leve cicio: “Meu servo não temas! Não temas pois eu te escolhi! Sei que é difícil, mas confia em mim... Confia em mim, e então tu verás o meu poder!”

Ânimo, coragem e nova disposição florescem no coração do servo.

Um retumbante, mas humilde ‘sim’ é dito perante o Trono.

“Quero colher mais! Quero ajuntar mais!

Senhor, alarga e abre minha visão.

Dá-me a urgência da obra ante o seu regresso em breve.

Eis que meu coração diz: Um servo arrependido serve?”

A MARATONA CRISTÃ.

Emiliano, T.S. 30/12/1985.

Estás participando da maior corrida do Universo.

Anima-te!

O prêmio é de uma riqueza não imaginável em valores. Esforça-te!

O alvo é a soberana vocação: Tornar-se conforme a imagem de Deus, Cristo, o Deus encarnado.

Equipa-te!

Em muitos momentos a caminhada é dura e árdua.

Tome alento!

À beira do caminho há uma galeria de espectadores ímpar.

Encoraja-te!

Se olhares à esquerda verás o desânimo estampado em cada face.

Cuidado!

Se olhares à direita verás teus irmãos a clamar: “Empenha-te! Nós já chegamos!”

A galera que explode em gritos e brados de desânimo, qual vulcão a derramar a efervecente larva, quer te exaurir, e te fatigar.

Não lhe atentes!

A galera que te assiste, ora silenciosa com o nó da expectação na garganta, ora num estouro de alegrias e glórias, quer te motivar e refazer-te as forças. Coragem!

A caminhada é difícil e traiçoeira!

Quando sentires sede, toma a Água da Vida nas fontes cristalinas de refrigério.

Quando sentires fome, coma o Pão da Vida oferecido aos cansados e esmorecidos.

Olha para a frente!

Não esqueça o alvo: a perfeição em Cristo.

Refaça tuas forças: olha o prêmio.

Quando sentires as forças esvaírem e, combalido o corpo a cair, lembra-te: Cristo é Vida!

Quando à beira do caminho, tudo de vista se perder e em escuridão se reduzir, lembra-te: Cristo é luz!

Siga em frente!

Não esqueças o alvo!

Não esqueças o prêmio!

Quando passando nos vales profundos, e precisares de estímulos, lembra-te da Videira.

Coma-lhe os frutos!

Quando na vida oscilares, saindo do trilho, volva-te:

Cristo é o Caminho!

Não abandones a corrida!

Não cesses a lida!

Não esqueças o alvo!

Não esqueças o prêmio!

Quando vires queridos caídos, sem forças, sem vida, lembra-te: Pr’aqueles que assim estão, Cristo é a ressurreição.

Quando vires à frente um muro intransponível, lembra-te: Cristo é a porta.

Não esqueças o alvo!

Não esqueças o prêmio!

Quando à frente topares com a confusão, não exites em lembrares: Cristo é a verdade.

Refaça-te!

Corra!

A galera se explode!

Anima-te!

Não esqueças o alvo!

Não esqueças o prêmio: a glória no céu!

PORQUE TU ÉS.

Emiliano, fev/1984.

Qual é o teu nome” – indagou Moisés.

Dirás ao povo que EU SOU.

Sim, Tu és!

Tu és o tudo de que preciso.

Tu és a água da vida. A minha alma tem sede de Deus.

Aquele que tem sede venha e beba, de graça, a água da vida.

Tu és a luz do mundo. É bem como disse Davi: ‘Lâmpada para os meus pés... e luz para os meus caminhos, é a Tua palavra’; a Palavra encarnada, o Verbo da vida.

Tu és o bom pastor, que me guia pelos vaus e prados de minha caminhada.

Tu és o caminho para os meus pés, faltos e trôpegos. A minha vereda plana.

Tu és, sim!

Tu és a porta. A porta onde entra minha alma quebrantada, para encontrar descanso e refrigério junto ao teu amor.

Tu és a ressurreição. A certeza plena, a grata convicção da vida no bel país.

Dirás ao povo que eu sou.

Tu és!

Tu és o alimento para minha alma faminta. Tu és o pão que sacia a minha fome e me enche de paz em minhas peregrinações.

Eu sou a videira verdadeira.

Sim! A videira da vida que me sustenta junto a Ti, pois sozinho nada poderei fazer.

Tu és o Alfa: o princípio e a fonte eterna de todas as coisas.

Tu és também o ômega: o fim para onde e para quem se convergem todas as coisas. A razão de toda a sua criação.

Tu és o meu tudo. Tu és a minha salvação.

E porque Tu és, eu também sou.

Porque Tu és a água da vida eu me dessedento e me refrigero em Ti.

Porque Tu és a luz; eu, que era cego, agora posso ver, e já não ando em trevas.

Porque Tu és o meu bom pastor, minha alma descansa em Tua presença ante os meus inimigos.

Porque Tu és o caminho, eu o encontro: caminho, comungo e gozo junto de Ti.

Porque Tu és a porta, eu posso entrar e me deitar, e me deleitar aos seus pés.

Porque Tu és a ressurreição eu vivo e posso crer no amanhã, sem temor ou sombra de medo.

Porque Tu és o pão eu jamais passarei fome, mas antes, experimentarei a abundância e a fartura eternamente.

Porque Tu és a videira, meu espírito é vivificado e nutrido no Teu vinho, no Teu sangue, e abastecido no Teu Espírito, e assim, tudo posso em Ti, que me fortalece.

Porque Tu és o alfa, eu existo. Sim, porque Tu és o princípio, a vida necessária para a existência e subsistência de todo o universo.

Porque Tu és o ômega, o fim, minha vida encontra a razão de ser e espera ansiosa ser convergida e integrada na totalidade do Teu Ser.

Eu sou, dirás ao povo.

É por isso que proclamo e conclamo:

Porque Tu és!

NOSSOS DIAS.

Emiliano 26/10/1992.

Os dias que vivemos são cruéis.

Marcados por homens brutos, infiéis.

Vidas viciadas, miséria, esquemas e propina.

Quantos pobres a sofrer! Tanta gente a morrer!

Homens justos que sucumbem à pressão,

E, de justos, logo então não tem mais não!

Que fazer para mudar? Que iremos proclamar?

Verdades ou palavras que só fazem alienar,

A esquecer o nosso mundo, nossa vida, nosso lar?

E viver aqui na terra só pensando lá no céu?

Esquecendo de mudar a terra, de acabar com a guerra,

De se envolver com o “pó da terra”,

Com o homem, seu igual?

Houve Alguém já, no passado,

Que falou de um novo lar, um novo céu.

Mas, que ainda assim, não ficou só a sonhar.

Se envolveu com o “pó da terra”,

Com o homem, seu igual.

E curou, e ajudou, muita fome saciou.

E seu mundo então mudou.

Essa gente, essa Igreja,

Que se chama de seu povo,

Tem de repetir de novo,

A mesma graça num renovo,

E fazer nos nossos dias

Um mundo novo.

Tudo de novo.

Um mundo novo.

AMBIENTE POR INTEIRO.

Emiliano, 23/03/1992.

Revisada 02/05/1992.

Olhe o canoeiro que singra e corta o rio

Na busca de seu pão, levando a vida a fio.

Em rasas ou enchentes, são águas puras.

E vida atura. Té mesmo dura!

Tem peixe pra comer,

Tem pesca pra vender,

Tem vida pra viver.

Olhe o agricultor, sim, olhe o lavrador.

Na luta pelo pão, sua lida na porfia.

Em secas, chuvas, ou vazantes

Onde os frutos são constantes.

Com muita dor, e muito suor.

Na lida há vida, há pão bastante.

Tem frutos pra colher,

Tem coisas pra vender,

Tem vida pra viver.

Olhe de novo o rio, mas olhe além do rio.

A vida por um fio: indústrias e usinas

A lhe secar as minas

Em rasas ou enchentes, suas águas só poluentes.

A vida atura... será que dura?

Tem nele vida? Um ser vivente?

Os peixes a morrer,

A vida a perder,

A morte a se ver.

Olhe de novo o chão, mas olhe além do chão.

A vida é incerta, a terra se faz deserta.

Herbicidas e fratricidas a lhe tirar as vidas.

Em secas, chuvas ou vazantes:

Onde o fruto de antes?

E a vida atura... será que dura?

Tem nela vida? Tem pão bastante?

Os frutos a apodrecer.

A vida a se perder.

A morte a se ver.

E agora, que será deste ambiente?

Que será deste celeiro?

Chega de meio ambiente,

Que se busque um (ambiente) por inteiro.

Grito pelos sem-terra.

José Emiliano da Cunha.

4º ano de Seminário S.P.B.C.

Goiânia – 1992.

Lá vem eles empunhando foices,

Querendo terra pra plantação.

Lá vem eles empunhando enxadas,

Esperando até que alguém lhes dê a mão.

Esta terra não é do homem,

Foi Deus que fez todo este chão.

A ganância que há no homem,

Invade-lhe a alma e o coração,

Causa-lhe sede de grandes posses,

Desconsidera seu próprio irmão.

Assim, há muitos que nada têm,

Enquanto poucos, com muitos bens.

E a miséria caminha solta,

O homem sofre ou morre no mesmo chão.

Olhe ao seu lado, veja o explorado,

Que nada tem, nem mesmo o pão.

Divida a terra, reparta a posse!

Faça da vida aqui uma comunhão!

SALVAÇÃO INTEGRAL.

Rev. Emiliano

4º ano de Seminário S.P.B.C.

Goiânia – 1992.

Andei por lugares tantos,

Pessoas, caminhos que me

Levam a lugar algum.

E ao próximo que estava

Bem próximo, me ocultei,

Não socorri em tempo.

Sabendo de toda a verdade,

Na falta com a verdade

De pessoas assim,

De um povo explorado e oprimido

De crianças mal vestidas,

Desnutridas, sem Cristo.

Jesus morreu naquela cruz

Pra tirar meu pranto!

Vamos fazer deste povão

Outro povo e tanto!

Pega o arroz, pega o feijão,

Reparta este pão.

Saia daí, vai até lá,

Leva-lhes a salvação.

AH, QUEM ME DERA!

(Rev. Emiliano – 10-11-2006)

Ah, quem me dera experimentar mais da presença de Jesus Cristo em mim!

Ah, quem me dera levar mais a alegria de Cristo onde a tristeza impera!

Ah, quem me dera ser mais ombro amigo aos que precisam de arrimo!

Ah, quem me dera viver mais em vitórias onde as derrotas são tantas!

Ah, quem me dera amparar mais pessoas cambaleantes e trôpegas!

Ah, quem me dera oferecer mais ajuda aos carentes ao meu lado!

Ah, quem me dera anunciar mais a Boa Nova que a tudo renova!

Ah, quem me dera amar mais o pecador com o amor de Cristo!

Ah, quem me dera saciar a fome de mais peregrinos famintos!

Ah, quem me dera ser um marco a mais que revele a verdade!

Ah, quem me dera olhar mais o mundo com o olhar de Jesus!

Ah, quem me dera consolar mais pessoas tristes que choram!

Ah, quem me dera fazer mais o bem atingindo outro alguém!

Ah, quem me dera ser mais prudente em cada novo intento!

Ah, quem me dera dessedentar mais caminhantes sedentos!

Ah, quem me dera recender mais da fragrância de Cristo!

Ah, quem me dera abençoar mais pessoas a minha volta!

Ah, quem me dera ser mais luz onde as trevas invadem!

Ah, quem me dera obedecer mais a Deus e menos errar!

Ah, quem me dera ser mais sábio a cada momento!

Ah, quem me dera!

Ah, quem me dera!

Ah, quem me dera!

Ah, quem me dera!

Ah, quem me dera mais!

Ah, quem me dera ainda mais!

Ah, quem me dera ainda ser mais!

Ah, quem me dera um caráter sem jaça!

Ah, quem me dera oferecer mais a graça!

Ah, quem me dera ser mais como esta taça!

Por sua vez, um recipiente de sua infinita graça!

AUTOR DA VIDA

(EMILIANO 07-08-2006)

A vida incerta se torna deserta

Ao ver que o viço se torna em ermo

Ao ver que a vida se faz um inferno

Ao ver que o prazer não se torna eterno

Andando na estrada da vida aqui

Achando que a busca o torna feliz

Acaba por ver que se encontra arrasado

Analisa a vida e avista pecado

Ao ver o pecado se vê tão culpado

Ainda que tal não se vê condenado

Alguém que o ajude será encontrado?

Além desta vida será então achado,

Autor da façanha que anule o pecado?

Amarga é a vida sem ser perdoado!

Aonde se encontre quem tenha razão?

A vida encontra, e a lei talião,

Ainda que faça, a justiça ameaça

Algures na vida, alguém há sem jaça?

Aonde se encontra quem tenha razão?

Apenas um nome há que possa salvar

Amigo, Ele é Cristo, Jesus o Senhor.

Atende o clamor do mais vil pecador.

Agora é a hora de olhar o horror.

Avista o inferno e a pena é maior.

Apenas sabê-lo se torna pior.

Assim, meu amigo, agora é o momento

Abrindo-lhe a porta do seu coração

Arrepende e confessa: Nele há salvação.