A MARATONA CRISTÃ.
Emiliano, T.S. 30/12/1985.
Estás participando da maior corrida do Universo.
Anima-te!
O prêmio é de uma riqueza não imaginável em valores. Esforça-te!
O alvo é a soberana vocação: Tornar-se conforme a imagem de Deus, Cristo, o Deus encarnado.
Equipa-te!
Em muitos momentos a caminhada é dura e árdua.
Tome alento!
À beira do caminho há uma galeria de espectadores ímpar.
Encoraja-te!
Se olhares à esquerda verás o desânimo estampado em cada face.
Cuidado!
Se olhares à direita verás teus irmãos a clamar: “Empenha-te! Nós já chegamos!”
A galera que explode em gritos e brados de desânimo, qual vulcão a derramar a efervecente larva, quer te exaurir, e te fatigar.
Não lhe atentes!
A galera que te assiste, ora silenciosa com o nó da expectação na garganta, ora num estouro de alegrias e glórias, quer te motivar e refazer-te as forças. Coragem!
A caminhada é difícil e traiçoeira!
Quando sentires sede, toma a Água da Vida nas fontes cristalinas de refrigério.
Quando sentires fome, coma o Pão da Vida oferecido aos cansados e esmorecidos.
Olha para a frente!
Não esqueça o alvo: a perfeição em Cristo.
Refaça tuas forças: olha o prêmio.
Quando sentires as forças esvaírem e, combalido o corpo a cair, lembra-te: Cristo é Vida!
Quando à beira do caminho, tudo de vista se perder e em escuridão se reduzir, lembra-te: Cristo é luz!
Siga em frente!
Não esqueças o alvo!
Não esqueças o prêmio!
Quando passando nos vales profundos, e precisares de estímulos, lembra-te da Videira.
Coma-lhe os frutos!
Quando na vida oscilares, saindo do trilho, volva-te:
Cristo é o Caminho!
Não abandones a corrida!
Não cesses a lida!
Não esqueças o alvo!
Não esqueças o prêmio!
Quando vires queridos caídos, sem forças, sem vida, lembra-te: Pr’aqueles que assim estão, Cristo é a ressurreição.
Quando vires à frente um muro intransponível, lembra-te: Cristo é a porta.
Não esqueças o alvo!
Não esqueças o prêmio!
Quando à frente topares com a confusão, não exites em lembrares: Cristo é a verdade.
Refaça-te!
Corra!
A galera se explode!
Anima-te!
Não esqueças o alvo!
Não esqueças o prêmio: a glória no céu!
Um comentário:
Era vésperas do culto de vigília pela passagem do ano de 1985 para 1986. O hábito era passar a meia noite, momento de transição entre os anos, com a Igreja grata, rendida de joelhos, aos pés do Senhor. Queria fazer uma poesia que marcasse nossa caminhada, nesta jornada. Mais uma vez, em seu cantinho, a alma bateu asas...
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