terça-feira, 3 de maio de 2016
O Jardineiro e a Rosa
Emiliano 26/02/2016 – 08.04am
Conheci um cidadão que de jardineiro não tinha nada não.
Esse cidadão, sem muito conhecimento então,
Afeito aos sentimentos e emoções do coração,
Admirava a singeleza e beleza das flores do canhão .
E no ir e vir dos dias e da vida,
Continuamente mirando o horizonte na lida,
Limitado aos paredões impressionantes do vale em questão,
O nobre cidadão, que de jardineiro não tinha nada não,
Inclinou-se a fazer um jardim, que de flores, plurais havia não.
Foi uma rosa, delicada, perfumada e meiga;
Eivada de tons e semitons, de detalhes alhures
Que do ogro cidadão, roubou-lhe a atenção,
E incontinenti, escravizou o incauto coração.
Afofou a terra, sachou-a e insumos colocou.
Buscou a muda da espécie, sem titubeios, em mira.
Com rústica delicadeza, em contrastes e contradições
O jardineiro, que de jardineiro não havia,
Dedicava seu suor em todos os seus dias,
À cuidar da rosa, que dentre tantas só ela lhe havia.
Hora se alegrava a rosa, hora se alegrava o plebeu,
Hora se alegravam os dois, um quê de belo, imagino eu.
E assim, a vida a fio, transcorria em desatinos e harmonias
Entre espinhos e desvarios, a felicidade intempestil.
E assim a vida foi, e assim a vida vai,
A rosa, feliz e infeliz, ora, flores ou botões,
Em espinhos e senões,
Convive com o ogro, ora nobre, ora bobo,
Buscando a felicidade, com a rosa no canhão.
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