terça-feira, 3 de maio de 2016

MINHA TAÇA DE SONHOS

03-05 - 11.00hs Passo horas a refletir, olhando de longe a vida como numa bela miragem, Saber que o futuro não está em nossas mãos, que em tudo se parece vão Que escorre por entre nossos dedos, escapando liso como água ou gelo E a alma fica abatida, ao ver a vida à frente como uma aragem. Desço do patamar dos sonhos e olho pelas ruas empoeiradas Por onde anda minha alma no dia-a-dia da realidade nua. Ecoa o forte sentimento de carência de algo ou alguém Que se tornou então parte de meu mundo, certo e real, Não a mera sombra de um mundo incerto e ideal. Até quando a realidade suportaria a miragem? Ou como viveria olhando longe uma imagem, Sem poder tocar, poder sentir ou degustar? O alento que acalenta a alma, e a realiza A faz olhar e sentir o outro qual leve brisa Que como a água cristalina em um dia seco Toca seu rosto esparso na penumbra fina Com a pele tão sedosa, macia e gostosa. Assim, numa angústia que jamais acaba A alma sonha com a pessoa amada Com seus olhos lindos, penetrantes Com seu cabelo liso e deslizante Com seu cheiro aromatizante Seu sabor, droga alucinante Um sonho eternizante Onde o sonho se faz Bastante. Assim, aguarda ofegante, O momento que será o bastante Para lhe dar meu amor, amante, E realizarei o sonho demais errante.

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