terça-feira, 3 de maio de 2016
O FREMIDO DA ALMA
12-01-11 - 04.04h
A alma em dor lancina pulsações que a mente não imagina.
Inquieta, geme e se angustia em busca do que lhe amenize,
Conclama entre suspiros quem lhe pode tirar da crise
Assim se debate e freme desejosa de respirar ares amenos
No auge de sua dor, espera que o alento acene.
No auge de sua espera, que novos ventos lhe soprem a face,
Enaltece o desejo e lhe renovem o puro ardor;
Crivada de uma saudade que lhe arrebata as forças
Envelhece ao pensar que essa dor não passe
Prossegue em busca de esperança, pois o alvo é o amor.
No ardor da esperança essa alma freme!
No labor da paciência essa alma geme!
Delira enquanto aguarda o momento em que o sorriso se abra
Desmontando a prisão e o calabouço que lhe encerrara;
Revendo o sol e a luz que à vida traz vida
Ajuntando os cacos que da esperança sobrara
Acatando a brisa que lhe roça a face
Aprendendo novos tons e novos sons da harmonia.
Dissolvendo a dor enquanto das cinzas renasce,
A lenda se torna fato e de novo a vida cria.
O adjunto que desempenha seu papel e boa notícia lhe dá
Espera socorrer a alma aflita convertendo-a em Hefzi-bá# (Is. 62.4).
Asseverando agora uma nova coragem possuir,
Ressabiada pela dor que agora já é passada
Dispara seu olhar e ânimo rumo ao futuro que acena
Enlevando seu ser no encontro do outro ser
Engraçando-se entre risos e emoções diversas
Paralisando quantos não acreditaram na sina
Aninhando com amor os que olharam na neblina
Acoçando-se na alegria esperada em meio a dor palmilhada
Arranhada, mas restaurada pela espera realizada.
Enamorar-se da esperança em meio a dor que agoniza
Encimou aos píncaros o desejo de uma nova vida
Dignificando o ser que buscava ser, ao ser amada e não banida.
Ninhos alegres se visualizam num futuro próximo
Balançando ao fragor das débeis aragens de inverno
Descaminhos passados de lembranças tristes ficaram esquecidos
Para então dar lugar ao êxtase que de prazer comove
Aferroa, brava guerreira, sua montaria, e prepara-te para conquistar,
Cara amiga, que de dores frementes conquistou o zênite etéreo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário