terça-feira, 3 de maio de 2016

A Porta do Céu - Teatro Evangelístico de Impacto

PERSONAGENS: ANJO: Com vestiduras brancas, coroa na cabeça, com luvas e segurando uma espada, ante a porta. O RICO: Roupas finas, bem vestido, com saquitel de moedas, dinheiro, talões de cheques, cartões. A RELIGIOSA: Com um xale preto, carregando nas mãos um livrinho enrolado. A DESCUIDADA: Descalça. Vestidos bem simples e cabelos despenteados. O SÁBIO: Com alguns livros nas mãos, mostrando-se bastante culto. O NOBRE: Bem vestido um pouco espantado. O CRISTÃO: Com a Bíblia na mão, vestido decentemente simples. A PORTA: Um portal dourado ou prateado com intenso brilho. NARRADOR: Uma pessoa com forte e empostada. NARRADOR: As Escrituras Sagradas, A Bíblia, que é a Palavra de Deus, nos traz a revelação de Deus e de seu amor cuidadoso por cada pessoa. Apresenta o homem como criatura de Deus, contudo atingido e corrompido pelo pecado. Em decorrência do pecado, o homem se encontra perdido e longe de Deus, precisando da salvação ou cancelamento de seus pecados. As Escrituras nos informam que há somente um meio pelo qual importa que os homens possam ser libertos de suas culpas e pecados e, conseqüentemente, salvos. A verdade que se apresenta neste drama se desenrola às portas do Céu. No momento em que cada pessoa morre, a mesma se depara com os portões da eternidade: ali, diz a Bíblia, toma-se um de dois caminhos: Uns tomarão o caminho da esquerda e encontrarão o pior estado de vida jamais imaginado, onde há dores, choro e ranger de dentes. Ali o pranto e a dor não cessam e sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos. Outros tomarão o caminho da direita e se achegarão à presença bendita e gloriosa DAQUELE que vive eternamente, o Soberano Senhor. Ali há vida e alegria em abundância e os que ali se acharem desfrutarão para sempre da companhia, comunhão e qualidade de vida do próprio Deus. Que caminho você seguirá? Preste muita atenção e descubra a chave que abre a porta que te espera. ANJO: Esta aqui é a porta da cidade eterna. Por aqui é a entrada celestial. Por aqui se vê a glória. A sempre bendita e eterna Jerusalém se vê neste portal. O reino feliz da bem-aventurança, onde não há pecado e não existe o mal. O céu sempre azul, o mar como bonança. As ruas são de ouro e de jaspe luzente. Sempre a mesma paz os corações alcançam. Ali não haverá aflito nem descontente, e não se encontra nenhuma enfermidade, pois a árvore da vida é a saúde das gentes. Quantas belezas novas existem na cidade. Que melodioso som nos altos céus percorre. Que imensa alegria há ali por toda a eternidade. Oh! Quão felizes são os que a carreira corre, e guardam sempre a fé no eterno salvador. E quão felizes são os crentes quando morrem, pois vão enfim, descansar de seus labores. Ouve de Jesus Cristo a voz doce e terna: ‘Oh! Vinde já benditos do Senhor, este é o caminho que conduz à cidade eterna’. RICO: É bem verdade o que dizes, senhor(a). Existe para a alma o gozo eterno. Deixe-me entrar, quero desfrutar agora, pois dentro do meu peito trago o inferno. Nunca tive na vida um dia ao menos de sossego, de paz ou de alegria. Nunca os meus dias foram serenos. Sempre lutei e vivi em agonia. A sede do dinheiro me queimava. Andei vagando em busca de tesouros. Em ânsias tornou-se a minha mente escrava. Eu só queria... eu só amava o dinheiro. Enriqueci. Acumulei riquezas, mas nunca adormeci as ânsias da alma. Minha vida foi cheia de incertezas, cheia de sustos, sem uma hora de calma. Mas rico sou. Se além deste portal há livramento para o cativeiro, posso comprá-lo. Pagarei o quanto devo. Quero trocá-lo por meu dinheiro. Deixa-me entrar. Vendei-me a entrada para o gozo eterno. (Tira moedas de seu saquitel, carteira, cartões e talões de cheque às mãos, e os atira aos poucos aos pés do anjo). Uma fortuna aos seus pés. Abra-me o céu. Quero fugir do inferno. ANJO: Néscio! Pretende comprar o céu a custa de ouro? À troca de riquezas Deus não se vende. A entrada além do véu não se adquire a troca de dinheiro e riquezas. RICO: Oh! Deixe-me entrar! Deixe-me entrar! Não quero morrer! Deixe-me fugir do inferno. (Aos prantos). ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz a vida. Ali é o reino do pecado e morte. Aparta-te daqui maldito. RICO: (Sai chorando a lamentar-se para o lugar apontado pelo anjo como sendo o lugar de tormentos). DESCUIDADA: Além deste portal a glória existe. O sumo bem, o gozo perenal. A vida me foi imensamente triste! Deixa-me passar esta porta! ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Quem jamais cogitou a vida apenas sofrerá a eterna morte. DESCUIDADA: Mas, porque não? Que mal tenho feito para se impedir a minha entrada? Nunca na terra tive um só defeito. Apenas vivi despreocupadamente. Vivi como toda gente vive: Fui a bailes, teatros e distrações. Procurei ser feliz em tudo; porém, pecado grave nunca cometi. Não me afoguei no oceano das paixões, não matei, não roubei, nem prejudiquei a ninguém na vida. Oh deixa-me passar por este portal. Quero viver a glória prometida. ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. DESCUIDADA: Mas, Deus que é Pai eterno, doce e compassivo, imensamente bom e complacente, não deixará um filho ainda que altivo, para sofrer no inferno eternamente. Que pai condenará um filho amado? Que pai, vendo um filho desgraçado não cuidará de salvá-lo do mau trilho? Espero entrar no céu e ser feliz. De perto quero ouvir o harmonioso som que vem de lá, pois a Escritura diz que Deus é bom, imensamente bom. ANJO: Deus é bom. Ele é mais que bom: Ele é amor e graça. Mas também é justiça e santidade! Não pode entrar no céu um pecador manchado de pecado e iniqüidade. DESCUIDADA: (Sai igualmente em desespero e choro, lamentando sua sorte junto com o rico). RELIGIOSA: Na bem-aventurança quero entrar! Ninguém me impedirá o gozo eterno, pois vivi nas igrejas a rezar, tal era o horror que me trazia o inferno. Trazia no meu pescoço a santa imagem, o crucifixo de adoração. Freqüentei a Igreja com coragem, até mesmo quando falavam mal da religião. Acompanhei as procissões nas ruas. Mil vezes comunguei com reverência. Massacrei as minhas carnes nos horrores legais da penitência. Pratiquei atos religiosos, conforme ordenavam os sacerdotes. Desfiz-me de prazeres custosos, dividi com os pobres os meus dotes. Comparecia a igreja a cada dia. Jamais abandonei os símbolos religiosos que me garantiam a sorte e a bênção. Cumpri na terra tudo que devia. Deixa-me entrar no santuário. ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. RELIGIOSA: (Sai em desespero e choro. Após um tempo lamentando sua sorte junto com o Rico e a Despreocupada, voltam os três, e imploram): Oh deixe-nos entrar na vida eterna! Não nos condena à segunda morte! (Após um tempo de lamentações e súplicas desesperadoras, os três saem e ficam chorando à porta do inferno). NOBRE: (Achega-se todo emplumado, com ares de superioridade e, sem dizer palavra, tenta entrar). ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. NOBRE: Deixe-me entrar! ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. NOBRE: Não vês pelo meu porte que nasci de uma classe preferida? Mereço um cetro, um reino, uma coroa. Tenho privilégios, com certeza. Trago em minhas veias o sangue azul e confio no meu direito da minha nobreza. ANJO: Meu nobre amigo. Grande é o seu engano. Pensas que condições de nascimento favorecem a entrada no céu? Ou pensas que por seres de uma família mais abastada e de uma classe social mais polida e elevada vais te livrar do eterno tormento? O sangue de toda a humanidade é igual. Toda ela é coberta de maldade e todos, igualmente, manchados pelo pecado e iniqüidade. Somente pela fé em Jesus, reconhecendo-o como o Senhor e Deus, como aquele que morreu pelos pecados seus, é que o pecador vai ao céu. Os que nele creram, nasceram de novo, tiveram seus corações lavados e possuem uma nova marca que os identifica nesta entrada gloriosa. Vejo em seu coração a ausência desta marca de luz: o selo do Espírito de Jesus. Aparta-te daqui. Seu lugar é o caminho a esquerda e sua sorte é com os que perdidos estarão eternamente. NOBRE: (Sai chorando e coloca-se em desespero ao lado dos demais). SÁBIO: Quero entrar. Tenho o direito de passaporte. Vale o meu saber. Fui na terra um homem perfeito. O que eu sei e o que sou hão de me valer. ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. SÁBIO: Minha filosofia dá-me aspecto por onde eu queira impávido passar. As doutrinas que sei e que professo são mais profundas que o mar. ANJO: Não poderás entrar no céu. Grande cientista és. Você é um homem muito sábio, culto e inteligente, conheces todas as doutrinas, mas não conhece a salvação. Tudo isso é nada e se transforma em agonia. SÁBIO: Tudo é mera evolução. Um homem cresce e nasce e em seu destino não há variação. Muda-se apenas a forma. A ciência continua sempre igual. Isto é uma lei. Quero passagem. A ciência será coisa inválida? Não tem valor o saber e a filosofia? ANJO: Nada disto se aproveita para entrar. Nem as vossas teorias, nem as vossas filosofias. Aparta-te daqui. Este é o caminho que conduz à vida. Seu é o caminho de pecado e morte. SÁBIO: (Sai em choro e ajunta-se aos demais). CRISTÃO: Este é o caminho que conduz a vida. Sei que Jesus está além deste portal. Já pode entrar uma alma arrependida? Um pecador pode entrar no céu? ANJO: A entrada por aqui é proibida aos que não trazem o justo passaporte. Este é o caminho que conduz à vida. Ali é o caminho de pecado e morte. CRISTÃO: Tenho passagem para a eterna vida. Deu-me Jesus em sua triste morte, quando no Calvário, suportou meus pecados e minha condenação diante da santidade do Deus Todo-poderoso. ANJO: Que fizeste dos teus pecados. Dos teus muitíssimos pecados? CRISTÃO: Eu cri e creio no Senhor dos céus. O precioso sangue de Jesus derramado naquela triste cruz foi o preço pago para meu resgate e salvação. Nada que eu quisesse ou fizesse poderia me livrar dos meus pecados. Herdei esta condição. Como uma doença incurável o pecado me cercava e durante muito tempo em minha vida, me dominava. Mas a verdade do Evangelho se tornou clara diante de meus olhos através das verdades trazidas nas Escrituras, a Bíblia Sagrada. Graças e glórias ao Espírito Santo de Deus, que me iluminou para compreender a verdade. Fui lavado. Mais que isso, fui regenerado, gerado de novo, nascido de novo, cancelados foram os meus pecados e fui feito uma nova criatura. Não me perguntes mais uma só coisa. A minha vida nisto se reduz: Eu cri e creio. A minha fé repousa no doce nome, no salvador Jesus. ANJO: Oh, quão felizes os crentes quando morrem, pois vão gozar a vida no fim de seus labores. Ouve de Jesus a voz doce e terna: ‘Ó, vinde já, benditos do Senhor! Entrem e tomem posse do Reino de meu Pai’. E quanto a vós outros assim diz o Senhor: ‘Apartai-vos malditos para o inferno preparado para o diabo e seus anjos, antes da fundação do mundo. Ali é o reino de trevas, onde eternamente haverá choro e ranger de dentes’. (Abraçados, ambos entram pela porta enquanto um hino é tocado suavemente. Os outros se desesperam enquanto se fecham as cortinas).

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